Cirurgia do quadril

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Cirurgia do quadril

Cirurgia de Quadril de Reabilitação Rápida

A artroplastia do quadril corresponde à substituição da articulação por uma prótese. As grandes indicações deste procedimento são: o desgaste articular, as fraturas do colo femoral, a necrose da cabeça femoral e as sequelas de doenças da infância.

Quando se faz uma indicação para substituição articular por uma prótese, há que se levar em conta vários fatores na escolha da melhor prótese para cada paciente; Dentre eles, a tribologia – material da superfície da prótese – é especialmente importante para que se possa obter o melhor resultado e a maior durabilidade possível.

Outro fator de importância crucial nas Artroplastias do quadril é a via de acesso, ou seja, o local da incisão e o “trajeto” utilizado pelo cirurgião até a articulação.

 Há 3 vias principais de acesso à articulação do quadril:

– Via lateral: Acesso pelo lado do quadril, em que há necessidade de desinserção parcial do glúteo médio. Tem como ponto positivo o menor índice de luxação (desencaixe da prótese) e, como ponto fraco, um maior tempo de reabilitação, com uma claudicação (ato de mancar) mais duradoura.

– Via posterior: Acesso por trás, que exige a abertura da musculatura piriforme e do quadrado da coxa. Tem como ponto positivo uma recuperação um pouco mais rápida, e como ponto fraco, um maior índice de luxação.

– VIA ANTERIOR: Acesso direto pela frente do quadril, em que não há nenhuma lesão muscular, entre os músculos tensor da fáscia lata e reto femoral. Esta última via é a única em que os músculos são apenas “separados”, obtendo-se o acesso no intervalo entre eles. Sendo assim, não há necessidade de seccionar a musculatura.

Como se faz uma prótese por via anterior direta:

Paciente posicionado em decúbito dorsal (deitado de costas para baixo). Faz-se a assepsia e, a seguir, uma incisão na frente do quadril (2 cm abaixo e lateral à espinha ilíaca anterior) de aproximadamente 8 a 10 cm na pele e no tecido subcutâneo (gordura). Com a abertura do tensor da fáscia lata, temos acesso ao plano inter-músculos, o que permite uma visão direta da articulação do quadril. Procede-se então à abertura da cápsula, osteotomia (corte do osso) do colo femoral e à preparação acetabular e femoral. A seguir, realiza-se a radioscopia de controle intra-operatório e a colocação definitiva dos implantes e superfícies articulares. Por fim, a redução (encaixe) da prótese e o teste da estabilidade articular. Estando tudo bem, procede-se ao fechamento da incisão e curativo.

Por que fazer uma prótese por via anterior?

As vantagens da colocação da prótese por via anterior iniciam-se pelo posicionamento do paciente, que é operado com as costas apoiadas na mesa cirúrgica, e não rodado lateralmente. Isso torna mais fácil a mensuração comparativa dos membros e a interpretação da anatomia no intraoperatório.

Outras vantagens desse acesso incluem:

  1. Menor tempo de internação (1 dia somente)
  2. Não há lesão ou desinserção de nenhum músculo (Técnica mais fisiológica e muito menos agressiva)
  3. Menor uso de analgésicos e anti-inflamatórios
  4. Reabilitação mais rápida, com necessidade de menos fisioterapia
  5. Volta mais rápida ao trabalho e às atividades diárias
  6. Menor custo global da cirurgia

 

Quais são as contra-indicações da cirurgia por via anterior:

Absolutas(a) Displasia do quadril classificada como Crowe tipo 4 (quadril luxado), (b) fêmur muito estreito ou com deformidades que exijam o uso de prótese especial, e (c) paciente com obesidade importante.

Relativas: Protrusão acetabular grave e artrose muito avançada, com encurtamento importante.

 

Quais são os modelos de prótese que devem ser usados na via anterior:

– Tipo metafisárias:

. Metha (Aesculap)

. Mayo (Zimmer)

–  Tipo taper:

. Master (Lima)

. ML Taper (Zimmer Biomet)

. Accolade II (Stryker)